Um texto para ela.

Um texto para ela

Para sempre eu quero ser amiga dela. Sobretudo quando amanhece, abro o olho, e vejo que ela levantou da cama ao lado cheia de sono porque tagarelamos a noite toda.
Gosto quando ela ri, sorri e gargalha (igual ao Mutley). Gosto quando ela grita na rua sem motivo (e eu faço o mesmo),e quando fala animada sem parar. Divirto-me quando sussurra super discreta: “-Ta todo mundo ouvindo Taís!“, quando aperta a minha mão pra avisar algo imperdível ao lado (algo que ninguém pode saber), adoro quando ela faz aquele olhar de “viu só?”

Para sempre eu quero ser amiga dela. Todo dia, com ou sem “bipolarismo”. Porque eu adoro ela, e sem me preocupar com o português tenho a ousadia de gritar: - Eu amo ela ! Acho que tenho direto de usar uma linguagem única para uma amizade tão diferente. Fora do padrão. Estamos fora dos padrões, não cabemos neles e por vezes criamos um mundo nosso, ele é lilás e tem cheirinho de hidrante de morango.

Como eu disse antes:
- Eu adoro ela!
Ela, seus cosméticos mil.
Seu bico de mau humor;
Suas lágrimas de emoção;
Isso sem falar no irmão;
Adoro seus livros;
Suas almofadas;
Sua garrafa d’água;
Suas músicas caipiras;
Seus longos dedos do pé;
E a dança do siri dela.


Gosto de todos os momentos que estou com ela.
É muito legal quando chego à praia com ela e o mar fala conosco.
Já andamos muito, e varias vezes pensei que a perna dela fosse quebrar. Até o dia que quebrou, mas não deixamos de andar montadas apenas em nossas conversas e alimentadas por um delicioso pão com ovo.
Foi inesquecível levantar os olhos e ver o Cristo Redentor com ela.
É ótimo estar com a família dela e perceber que a minha tem carinho por ela
Fazer listas, jogar baralho, correr pra uma onda, rir ao perceber que perdeu mais uma chuchinha no mar; coisas que só tem graça com ela.

Ela, a minha amiga-irmã, cuida de mim. Lixa minhas unhas, vê se estou com febre, me manda ir ao médico, me faz um chocolate quente e tira minha sobrancelha.
Minha amiga sempre me diz a verdade, mesmo que doa (e às vezes dói). Ela me dá conselhos e me mostra que nada é tão sério e triste quanto eu acho. Ela se preocupa com o que estou fazendo da minha vida.

Eu poderia passar o resto do verão aqui falando dela, mas estamos indo pra praia, então vou terminar dizendo que minha amiga faz parte de mim e, sem ela, sempre faltará alguma coisa pois somos acaso parecidas, mas nunca iguais.

Um BJIM pra ela.

Taíslaine Lima
Dez / 2007